top of page

TEREZINHA F. N. DANTAS

Membro do Movimento Poético em São Paulo, associada à Casa do Poeta Lampião de Gás de S. Paulo. Mãe dos Poetas na Casa Lampião de Gás em 2013. Publicações: 4 Livros solo. Participou de antologias da Casa do Poeta- SP.

Vera e Darcio

Vera e Darcio, um casal,

Que defende a natureza;

om a Revista Toy e Mel,

Compartilham sua beleza.

Na revista, os animais

Contam suas histórias,

Com momentos de alegria

E memórias provisórias.

Sentimos sua importância

Ao ouvir seus depoimentos;

Devemos acolhê-los com carinho,

Em seus difíceis momentos.

Ao adotar um ser carente,

Recebemos sua energia;

Um amor puro e sem limites,

Que nos enche de alegria.

São eles que nos ensinam

O que é realmente amar;

Precisamos, com humildade,

Aprender a escutar.

Vera e Darcio aprenderam

Com a própria experiência;

Toy e Mel ensinaram

Um amor para toda a existência!

Terezinha Dantas

Menina na Janela

Na janela do tempo, encontrei uma menina que sorria para mim, por tudo que o tempo lhe ensinou.
Ela lembrou do seu primeiro ano de grupo, quando sua primeira professora, Dona Dirce, lhe ensinou: a, é, i, o, u. Desde então, ela só foi aprendendo, com sua mãe, seus irmãos, o Pai Abraão e todas as pessoas que foram passando pelo seu caminho. Ela foi aprendendo também a enxergar com os olhos da alma.

A menina na janela tem muitas lembranças guardadas no arquivo de sua alma. Ela aprendeu com cada experiência, não só com as boas, mas percebeu que as negativas lhe ensinaram muito mais.
Ela entendeu que, nas experiências ruins, conseguia enxergar o que a vida estava querendo lhe ensinar.

Era preciso se conhecer, para saber lidar com todas as dificuldades inerentes à vida, e perceber que cada pessoa que passa pelo nosso caminho nos ensina alguma coisa — e que também aprende conosco.

Da janela, ela ia vendo as cenas de sua trajetória pela vida e sentiu muita gratidão por cada momento.

Ela tem uma doce lembrança de seu aniversário de oito anos de idade, quando Dona Dirce lhe entregou um ramalhete de flores.
Era véspera do Dia do Professor. Dona Dirce havia recebido muitas flores dos alunos e quis compartilhar com aquela menininha que estava aniversariando.

Até hoje, os miosótis azuis perfumam a alma da menina na janela!

Terezinha Dantas

Rádio, TV, Internet... e Depois

Quando o rádio chegou à minha casa, eu tinha uns nove anos de idade. Minha mãe ouvia programas sertanejos como Na Beira da Tuia, Zé Bétio e outros. Às seis horas da tarde, acompanhava o programa da Ave Maria com Pedro Geraldo Costa, que também falava sobre o Padre Donizete de Tambaú, conhecido por seus milagres.

Eu gostava de ouvir a rádio 9 de Julho para apreciar músicas clássicas, assim como na rádio Cultura. Minha mãe era fã das novelas transmitidas pela rádio Tupi. Lembro-me de ouvir com ela Um Romance na Corte. Era mágico! O som do trotar dos cavalos, o barulho dos patos no lago e todos os detalhes descritos de maneira tão perfeita faziam nossa imaginação criar cenas vívidas. Era tudo muito lindo e encantador!

Com o passar do tempo, passei a acompanhar meus próprios programas musicais, como O Sucesso da Semana, que ia ao ar nos fins de semana e trazia as músicas mais tocadas. Eram verdadeiros poemas, com letras bem elaboradas.

A TV demorou a chegar em casa. Os programas eram em preto e branco e não tinham tanta variedade como hoje, mas ainda assim agradavam a todos. Havia A Turma do Sete, exibido no canal 7 da TV Record, e vários seriados que iam ao ar semanalmente, como Bonanza, Zorro, O Último dos Moicanos, Ivanhoé e A Marca do Zorro.

Lembro-me também do Repórter Esso, com Calil Filho, um grande jornalista da época que faleceu em um acidente. Com o tempo, surgiram programas musicais e, depois, as novelas, que traziam ótimos atores e belas histórias.

A TV foi evoluindo até o surgimento da transmissão em cores. O tempo passou, e o rádio foi sendo substituído pela televisão. Depois de várias transformações, veio a Internet, que trouxe uma mudança radical para a humanidade.

Coisas antes inimagináveis começaram a acontecer. Hoje, por meio da Internet, posso conversar com um familiar do outro lado do mundo — como faço com meu sobrinho que mora em Londres. Quem poderia imaginar que isso um dia seria possível?

A Internet trouxe facilidades e avanços importantes. No entanto, como tudo na vida, tem seus dois lados. Cabe a nós escolher em qual queremos estar.

Não sei o que virá depois, mas espero que tudo isso nos sirva para alcançar algo essencial e simples: o encontro com nós mesmos, em meio a tanta diversidade, em busca da unidade que permeia tudo — o rádio, a TV, a Internet e o que ainda está por vir!

Terezinha Dantas

Mãe é sempre mãe

A vida é sábia na forma de nos ensinar o que é ser mãe. Não importa se seu filho nasceu de sua barriga ou do seu coração, o amor é o mesmo. As preocupações, os cuidados e a ternura são iguais quando a mãe olha para aquele ser frágil e inocente.

Outro ensinamento valioso que minha mãe me transmitiu: só entendemos o que é ser mãe quando nos tornamos uma. Grande verdade!

Mas a experiência vale a pena. Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento de um filho é gratificante, trazendo alegria e realização. São momentos que ficam registrados em nossa memória, reafirmando o verdadeiro significado de ser mãe.

Fui abençoada com duas filhas maravilhosas. A primeira nasceu do coração e é uma estrelinha que até hoje ilumina nossas vidas. A segunda nasceu da barriga. O amor que sinto por cada uma é imenso, pois as duas são meus maiores tesouros. Afinal, mãe é mãe.

Meu esposo e eu somos gratos a Deus por ter nos presenteado com duas filhas que deram um novo significado às nossas vidas. Hoje, mesmo morando longe, elas estão sempre juntas, sendo companheiras e apoiando-se mutuamente, junto com nosso genro.

Embora estejamos distantes fisicamente, seguimos unidos, pois, para o coração, não há distância—e, principalmente, o coração de mãe mantém um laço eterno, não importa onde estejam.

Dedico este texto, com carinho, à minha querida mãe.

Terezinha Dantas

TEREZINHA 45.jpg
TEREZINHA.jpg
TEREZINHA DANTAS.jpg
bottom of page