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MARIA APARECIDA ALMEIDA

Paulistana, viúva, aposentada como funcionária pública, formada em Administração de Empresas. Escreve desde sempre, pensamentos e poesia que sonhou um dia ver publicados.

Chuva e Sol

Chove.

Em meu rosto,

em meus braços nus,

sinto pingos crus

a molharem-me

até a alma.

Na calçada estreita

por onde passo,

cruzam comigo

outros seres

que seguem,

como autômatos,

buscando abrigo—

da chuva

e de si mesmos.

Títeres da vida,

tal como eu,

carregam o mesmo peso,

a mesma culpa:

a de resistir,

a de lutar!

Maria Aparecida Almeida

Dúvidas

Não, não, não...

Não quero ser,

nem pertencer

ao grupo impotente

dos embutidos...

Não!

uero a rosa mais linda

que houver,

para que em mim

brote a mulher

que já fui,

sem quase ser!

Maria Aparecida Almeida

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Mudar

Quero limpar minhas gavetas,

varrer ilusões, juntá-las num canto,

para que sejam recolhidos

s sonhos inacabados.

Quero forrar bem os espaços vazios, preenchê-los de alegrias,

para que as ansiedades escapem

saltitantes,

omo saltimbancos do passado,

pequenos heróis...

É de se esperar que as derrotas

me busquem, me cacem,

omo antigamente...

Mas eu, ignorando-as,

seguirei adiante.

Maria Aparecida Almeida

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